Por que carros nos EUA são mais baratos
Apesar da preferência cada vez maior dos brasileiros por SUVs, a lista dos carros mais vendidos do país ainda é dominada por modelos menores e mais baratos.
Nos Estados Unidos, a situação é completamente diferente: a lista dos “campeões” traz veículos maiores, muitos dos quais se equiparam em preço e quantidade aos carros de luxo.
É importante destacar que em nosso país só é fornecida a configuração mais completa e o dólar ainda é muito alto, fator que não permite equilibrar a comparação. Mesmo assim, o fato é que os veículos maiores, mais caros e mais avançados são “populares” entre os americanos – e aqui, os menores e mais simples ainda dominam.
Isso se deve a alguns pontos:
Mercado norte-americano é muito maior
Comparado com o mercado automotivo brasileiro, o americano é muito diferente em tamanho e segmentação de mercado. Somente recentemente os americanos começaram a aceitar modelos menores e mais econômicos.
Esse é um mercado sete vezes maior que o nosso. À medida que a escala se expande, os custos cairão naturalmente – portanto, os preços ao consumidor também cairão.
Além disso, o maior poder de compra do americano médio é pago em dólares americanos.
Os EUA preferem leasing
Outro fator que torna um veículo mais barato é a tendência nos EUA de usar o leasing e substituir o carro após um período de tempo.
No Brasil, o consumidor ainda insiste em possuir o carro, enquanto nos Estados Unidos o sistema de leasing é mais comum do que o de compra. Você pode aproveitar este carro por uma pequena taxa mensal e despesas relacionadas à manutenção podem ser incluídas.
Lentamente, o sistema de assinatura de automóveis começou a dar o primeiro passo no Brasil, especialmente na área de bens de luxo.
Saiba mais sobre leasing aqui.
Custo Brasil
Em comparação com os Estados Unidos, fatores como cargas tributárias altas e complexas e altos custos relacionados à logística ajudam a explicar os altos preços dos veículos implementados no Brasil.
No que diz respeito à tributação em particular, pode-se citar o estudo da Fiesp, que mostrou que 1,2% do faturamento industrial (37 bilhões de reais por ano) é utilizado apenas para cálculo e processamento de tributos.
Dependência maior de peças importadas
Embora as montadoras não divulguem o percentual de nacionalização dos automóveis produzidos no Brasil, o índice ainda é muito baixo se comparado aos Estados Unidos.
Com isso, além de mais suscetíveis às oscilações do dólar norte-americano, as importações de peças e aço e outros insumos ainda tornam esses itens mais caros devido aos altos impostos na importação desses itens do exterior.